3 de out. de 2009

Encontro

A força de destruição ainda se continha e ela não entendia por que vibrava de alegria de ser capaz de tal ira. É que estava vivendo. Não queria pedir a Deus que a aplacasse. No entanto, só a Ele poderia pedir que pusesse a mão sobre ela e arriscar-se a queimar a Dele.
Nessa mesma noite gaguejara uma prece para o Deus e para si mesma: alivia minha alma, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte e sim a vida, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que eu receba o mundo sem medo, pois para esse mundo incompreensível nós fomos criados e nós mesmos também incompreensíveis, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade e paciência, principalmente comigo mesma, amém.
o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.