29 de jun. de 2010

poema trópico

queria tomar um café
com bananas
em companhia da gioconda
dos subúrbios

lhindonésia

minha parafernalha
a minha pilantrália
a minha tropilantra

dia amarelo de verão
céu azul
e meu amor vermelho
por lhindonésia

não vou chateá-la
falando do barquinho
de Ipanema
ou de cinema
novo

morena rosa, boca-de-ouro
mulher amada
maria ninguém
cheirando a abacaxi

encostada ao pau-brasil
me convida para ouvi-la
desafinar uma canção
sobre a tardinha.



(Bruna Beber)
o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.