15 de out. de 2007

7 de out. de 2007

Eterna Novidade

Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar..

18 de ago. de 2007

ali, acolá


No elevador penso na roça, na roça penso no elevador;

14 de ago. de 2007

Conselho de uma Lagarta





"Volte", a Lagarta chamou por ela. "Eu tenho algo importante para dizer!"

Isso soava promissor, certamente. Alice virou-se e voltou.

"Mantenha a calma", disse a Lagarta.

1 de jul. de 2007

tudo tende a não ter um happy-end


Abalos inevitáveis, que

acompanham doces rimas

que, de novo, inevitável,

me fascina, me fascina(..)

Me convém a estranheza

e o desconhecimento

do que está quase explodindo.

Sendo um enfraquecimento repentino

vai e volta, não-sei-o-quê

encantando e desprevinindo

por rimas de um mulher

(por rimas de uma menina)

que espero também veja

que está mundando nossa sina

outrora tão constante e hoje

é o que conheço como coisa mais mutante.

Como mundos que se cruzam

o nosso se esbarrou,

cada dia mais e mais

e até hoje não entendo

se tu querias guerra ou paz.

Só queria mais uma dose

do mundo que conheci contigo

e por mais que o que eu queria seja antigo

foi meu tesouro primordial.

Só penso em coisas bonitas pra te dizer

mas mascarar a situação

não seira bom pra mim

nem pra você(..)

E se eu demorasse

o relógio não seira nosso amigo,

desfaria qualquer abrigo

construído com o tempo.

E que em cada esquina que eu virar

que eu lembre do teu olhar

e imagine nosso altar

que seria tão mágico e bonito.

Faço isso pela parte minha que não quer esse fim,

e também pela parte tua que, eu sei, não quer esquecer de mim...




De um pergaminho vindo pelo rio.

Fiesta in Figueres



20 de jun. de 2007

poesia marginal

*

tô de saco cheio

desse vazio

De Iogurte com Farinha (1977) - Nicolas Behr

12 de jun. de 2007

a leveza de ser

Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.
o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.