24 de jun. de 2009




Eu não me recordo quanto tempo


Mas nós estávamos abraçados


E encostados ali há muito tempo


Eu não me recordava se eram horas, dias, meses


Nós dois esquecemos naquele momento


Que nós dois pretendíamos a paz


Dentro da violência do mundo


E sem perceber a chegada da paz


Nós dois estávamos alojados dentro dela

17 de jun. de 2009

Alegria doida/doída

Estou triste. Um mal-estar que vem do êxtase de não caber na vida dos dias. Ao êxtase devia se seguir o dormir para atenuar a sua vibração de cristal ecoante. O êxtase tem que ser esquecido. Mas me recuso a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Vou ficr muito alegre, ouviu? Como resposta, como insulto. Uma coisa eu garanto: nós não somos culpados. E preciso entender enquanto estou viva, ouviu? porque depois será tarde demais. E tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas.

16 de jun. de 2009


Épé.. Apa vipidapa épé mespesmopo ipiroponipicapa!

13 de jun. de 2009

De quê adianta mandar flores sem dizer quem é? Nunca gostei dessa brincadeirinha de "anônimo".

12 de jun. de 2009

cria


cria o teu ritmo livremente, como a natureza cria o vôo dos pássaros

cria o teu ritmo e criarás o mundo.

10 de jun. de 2009

Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.

7 de jun. de 2009

Fluxo

Estou num estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo. Parece com momentos que tive contigo, quando te amava , além dos quais não pude ir pois fui ao fundo dos momentos. Mas o instante-já é um pirilampo que ascende e apaga, acente e apaga. Eu, viva e tremeluzente como os instantes, acendo-me e me apago, acendo e apago, acendo e apago. Mais que um instante, quero o seu fluxo. Nova era, esta minha, e ela me anuncia para já. Tenho coragem? Por enquanto estou tendo: porque venho do sofrido longe, venho do inferno de amor mas agora estou livre de ti. Venho do longe - de uma pesada ancestralidade. Eu que venho da dor de viver. E não a quero mais. Quero a vibração do alegre. Quero a isenção de Mozart. Mas quero também a inconseqüência. Liberdade? é o meu último refúgio, forcei-me à liberdade e agüento-a não como um dom mas com heroísmo: sou heroicamente livre. Meu estado é de jardim com água correndo. E quero o fluxo.

5 de jun. de 2009

o contrário de nada é nada


Pois o contrário de nada é nada
E assim não se sai do lugar
Quando a cuca da gente se enrola
E se pergunta de que lado vai ficar
Eu sei que Deus está em todas as coisas
Mas contra não está
Se os gregos e troianos atacam
E seus pés já não tem onde pisar
E se você quiser saber onde eu fico é só me escutar
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Quando a mente está em pleno silêncio
Não esta nessa, e muito menos naquela
É ai que você pode então escolher
Quem conhece bem o branco e o preto
Já viveu e já morreu no caminho
Está pronto para as cores do sol receber
o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.