É madrugada. Escuto o ronco de um carro velho passando na avenida. Será você?
O ronco se mistura com o barulho dos grilos. Ou serão cigarras? Nunca soube distinguir. Era você quem me dizia. E me perco.
Percebo, então, que nunca escutara grilos (ou cigarras) no meu quarto, mas no seu. Um seu que já foi tão nosso. Reticências. Grilos por aqui é algo realmente suspeito. Devo estar ouvindo coisas. Sonhando sons. Ou talvez só esteja querendo imenso que você apareça.
Sabe que eu não sou de meios termos, mas com você passei dos limites, de
todos. Eu devia ter ido embora naquela noite, depois da primeira garrafa de
vinho,...
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