17 de jan. de 2013

Two Birds






Hoje ouvi numa rádio qualquer que o número da sorte para aqueles do signo Touro é o 22.
Sorri com a coincidência e o sorriso se estendeu com a lembrança do nosso começo.
Uma vez li que um romance torna-se fascinante por suas misteriosas coincidências.
Lembrei-me, como se fosse ontem, do nosso primeiro encontro. Vesti minha saia favorita, em busca de sorte. Acreditei que o truque havia funcionado assim que me deparei com uma conta no valor redondo e exato de vinte e dois reais. Vinte dois novamente. E o mistério não acabou por aí.
Depois teve a mesa do restaurante involuntariamente escolhida por nós dois, de número 22. O display do elevador. O banco amarelo. Os vagalumes vistos na penumbra da serra.
et cetera, et cetera.
Nosso começo foi repleto de coincidências. Incrementos pra que eu me fixasse em você.
Hoje, talvez por mera distração, não as encontro com a mesma frequência. E nem precisa, porque já fixamos. Não precisamos mais da misteriosa cola dos destinos criptografados.
As coincidências podem ser o combustível da paixão, mas é o carinho o que faz mover o amor.

E ainda existem pessoas que não acreditam em coincidências. Como eu.

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o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.