14 de mai. de 2008

silêncio

Quero saber se você vem comigo

a não andar e não falar,

quero saber se ao fim alcançaremos

a incomunicação; por fim

ir com alguém a ver o ar puro,

a luz listrada do mar de cada dia

ou um objeto terrestre

e não ter nada que trocarpor fim,

não introduzir mercadoriascomo o faziam os colonizadores

trocando baralhinhos por silêncio.

Pago eu aqui por teu silêncio.

De acordo, eu te dou o meu

eu te dou o meu

com uma condição: não nos compreender.

Um comentário:

  1. Esse poema é besta?
    Besta é quem não gosta de um poema desse.
    É bem bonito :)

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o prazer de usar a linguagem é um dos prazeres humanos maiores.